O caso de Juruá
Aconteceu na cidadela
Onde morava Justina
Que parecia a cinderela
E trabalhava na oficina
Ela era uma princesa
De beleza e simpatia
Com ela nada de tristeza
Justina era só alegria
Até que um dia abriu vaga
No trabalho, na oficina
Onde essa bela trabalhava
Foi o que anunciou Justina
Logo apareceu candidatos
Pra preencher essa vaga
Mecânicos de todo lado
Justina entrevistou a cada
E finalmente decidiu
Quem seria o empregado
O seu nome era João
Pareceu o mais preparado
Passando-se algum tempo
Os dois criaram intimidade
Sempre iam junto a eventos
Virou uma grande amizade
Mal sabia a pobre Justina
Que João era um procurado
Um serial killer de meninas
Matava em todo o estado
Um dia Justina estava
Distraída na sua função
E ele surgiu furtivo na escada
Em punho tinha um facão
Justina deu até risada
Disse o que é isso João?
Tá parecendo uma espada
Quase me mata do coração!
João com um olhar sombrio
Não esboçou uma palavra
E com o seu facão erguido
Desferiu na pobre coitada
Justina cai naquele chão
O João sai correndo fugindo
Um assassino sem noção
Mais um crime desse bicho
E até hoje ninguém sabe
Pra onde esse monstro foi parar
A oficina já nem abre
Justina descansou sem lutar
Esse caso acontecido
Na cidadela de Juruá
Um lugar que era tranquilo
Até João o estragar!