A Sereia de Luz

Pára na praia, descansa n'areia

Vê no mar o reflexo que seduz

Quisera ver, do nada, a sereia

Entre os pranto da lua de luz.

Eu vi lá no fim, a chorar me pus

Como que um novo índio fora d'aldeia

Vi algo que de forma alguma se traduz

Por baixo da lua, chovia flocos d'areia.

Iluminava como se uma grande fogueira

Estalasse um pedaço, faíscas de luz

Chovia no mar, da lua inteira

Faíscas d'estrelas, estrelas azuis.

Tão belo, se apagou, e aquilo induz

Saí com as mãos cheias, soltando areia

A caminhar pela praia, novamente, me pus

Brincava à frente, de luz, a sereia.