Insónia
Desperta no silêncio que a noite agita
Devassa-me a mente absurda confusão
Buscando o repouso onde a alma habita
Renego o sono que me oferece ilusão.
Violenta insónia que me ataca o ser
Anestesia e corta na vida se estou
Entre o que vivo na vida ao descer
Por entre sonhos aonde não vou
Tamanha é a estranheza da noite
Onde quem sou não diz como estou
Onde se estou não sei como vou
Se é sonho ou não, acordo e regresso
E na penumbra do silêncio me apresso
A acertar meu passo que lá se trocou.