MONSTRO SOU EU

O monstro que me devora os sonhos - me faz chorar.

Com hálito fétido me rouba a noite e o sono.

No frio da morte me abandona e rir da minha cara.

O mostro é cruel e fiel, nunca me esquece, nem troca.

Envolve-me numa teia de tamanhas confusões e dúvidas cruciantes

Deflora-me o espírito e escarra em meu corpo servil e débil...

Entre o existir e o ser, o descobrir e o querer

ele me enlouquece e aprisiona dentro do medo e da incoerência.

Estou demente, dormente... e sem confetes vejo que

O monstro venceu, no espelho que me reflete.

Laura Duque
Enviado por Laura Duque em 18/11/2005
Código do texto: T73191