Insana

Sou um pouco insana e vejo pouca sanidade

Mas é loucura interna que não me tira serenidade

E ela já não me chama porque eu vou por vontade

Voar sobre esta vida mundana e toda sua complexidade

Não me perco no vento porque sou a tempestade

Por isso ando ao seu sabor lento sem a racionalidade

Tentando no meio da chuva ver uma oportunidade

Para voar numa direção que me suscite afinidade

Não tenho medo da loucura, para dizer a verdade

Quem me assusta são os limitados pela normalidade

E como vivem agarrados á suposta dignidade

Que constantemente mancham sem a tal cordialidade

Por isso, prefiro ir voando e criando atividade

Que me inspira e elabora a minha mentalidade

Sempre com simplicidade mas nunca sem qualidade

E se me perco é porque encontro alguma liberdade

Não espero a salvação de um santo ou entidade

E a loucura nem pede cura porque é uma unidade

Do meu ser, no seu estado puro e sua integridade

Que nunca se deu ao luxo de voar só por vaidade.

Maria Ribeiro Meireles
Enviado por Maria Ribeiro Meireles em 10/05/2021
Código do texto: T7252354
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.