Rival
Sou rival de mim
Perco-me assim
Nas malhas que lanço
Paraliso ali
No passo que danço
Choro por lá
O que fica cá
Desando no piso
E o que resta é
O inverso do riso
Estalam-me os ouvidos
Chocam-me os sentidos
Gargalho a loucura
E longe da mente
Rejeito-me pura
E o tempo não pára
A ferida não sara
Nesta mente obscura
É como um veneno
Que mói a censura
E eleva-se em mim
O exponente infinito
Que me leva ao fim…