Persona II
Redemoinhos se formam
Revirando a mente
A angustia vem a tona
Aprisionando tudo
Que se sente
Efeitos cataclismáticos
Envolvem no fundo
Do corpo morimbundo
...Profundo...
Sempre mais profundo
Do que se possa imaginar
...Escuro...
Muito mais escuro
Do que se possa pensar
Os olhos cerrados
São as janelas de um sanatório
Através de paredes brancas
E encardidas
Meus eus rebelam-se
Ateiam fogo
Se matam
Em busca de saída
Angústia, depressão e solidão
São as personalidades
Dos fantasmas
Que aqui estão
No fundo de meu coração
Extirpar de mim? Pergunto...
Seria muita sujeira no chão
Enferrujadas grades
Silenciam meus lábios
Mas com papel e caneta
Escrevo no alfarrábio.