MÚLTIPLO
Não se identifica
com ilustrações diante do espelho.
Neste momento, não era eu,
Eram rascunhos de outros.
Ao vestir as roupagens deixadas,
Deparou-se com o ego, onde a persona foi desfeita.
transformando-se em uma estampa.
Formou-se a divisória, entre o eu e os outros
Por estar no meio deles, passei a ser pintura.
De imediato não se reconhece
Tornou-se a figura que aprendeu a ser só imagem.
Era um pouco de muitos
Que se vê em todos, que sente nada
Não sabe em qual se encaixa
Tantos trajes a vestir, tantos outros a despir
Percebe que nunca nenhum lhe coube