MÚLTIPLO

Não se identifica

com ilustrações diante do espelho.

Neste momento, não era eu,

Eram rascunhos de outros.

Ao vestir as roupagens deixadas,

Deparou-se com o ego, onde a persona foi desfeita.

transformando-se em uma estampa.

Formou-se a divisória, entre o eu e os outros

Por estar no meio deles, passei a ser pintura.

De imediato não se reconhece

Tornou-se a figura que aprendeu a ser só imagem.

Era um pouco de muitos

Que se vê em todos, que sente nada

Não sabe em qual se encaixa

Tantos trajes a vestir, tantos outros a despir

Percebe que nunca nenhum lhe coube

Claus Rangel Ferreira
Enviado por Claus Rangel Ferreira em 19/03/2019
Reeditado em 20/06/2022
Código do texto: T6602308
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