Retaliação
As vezes sinto que perco quem sou.
Vejo que Sou aquilo chamado de hostil.
Percebo o quão sou frio.
Meu interior está morto,
Pois jogaram meu valores
Como se não fosse nada, em um poço!
A violência é uma loucura,
Não sei se a uso, ou ela me usa.
Nunca vi minha mente tão confusa...
Tento me conformar,
Mas carrego toda a culpa.
Matei meus sonhos,
Encontrei meus demônios.
Esse sofrimento, não cai igual folhas no Outono!
Evito puxar assunto,
Meu temperamento me mata.
Ou eu mato todo mundo.
Impor respeito,
Porque quem não impõe,
É presa caçada por coiotes que farejam medo.
É tanta angústia, que
Eu mesmo não me reconheço.
Quem dera ter uma escolha.
Já que tudo isso é proteção,
Enrrigeci meu coração.
Desapontado por algo
Que eu mesmo criei, meu mundo.
Só me entregou uma pá
Pra me por mais fundo.
Me machuquei, tanto,
Sofri tanto, agora é minha vez
De pensar no futuro!
Fingi um sorriso,
Borrei meus olhos,
Já que meu interior tá vazio.
Sinto que Sou meu próprio inimigo,
Não faz sentido as placas de sorria.
Vocês não sabem os danos
E as cartelas em cima da pia!
Toda flor tem espinho,
Todo poeta tem um vício.
E pontiagudos cacos de vidro...
É tão cortante,
Então rasguei tudo que toco.
Nem sei o que é importante.
Todos têm um lado sombrio!
De tantas cortinas de fumaça,
De tanto virar essas taças.
Escrevo sobre sentimentos,
Que não significam mais nada.
É tanto sangue,
É tanta dor,
Que a chuva não limpa.
As dores nunca são físicas.
A quantidade de lembrança,
Santa ignorância.
Ingenuidade te cega,
Depois de tanta guerra
A vida não dá trégua...
Por um lado me impressiono com a aceitação.
Pra cada ação,
Existe retaliação.
Quem acredita na piedade?
Não conhece a realidade!