Eis aqui poemas industriais.
Sonhei uma arquitetura ideal
onde as rimas se encaixam
naturalmente aos sentimentos.
Que vão se deitar ao pôr do sol.
Tornei-me expert em ler almas
e decifrar espíritos
vagantes
Estamos a mercê do ciclo
constante de mudanças e ventos.
Há primaveras sem flores.
Há flores de plástico
Há emoções descartáveis
Há fúrias fingidas
É uma indignação estarrecida
Pois não conseguimos
sensibilizr o outro.
Os poemas automáticos
que surgem em série
com a numeração raspada.
A erosão do tempo
danifica a pele e os corpos
Envelhecemos e não ficamos sábios.
Ainda buscamos algo
que nem sabemos o quê
Quem foi que escreveu esse
script?
O poema se desfaz
é final desconstruído
é um lego defeituoso
que não se encaixa em nada
Há pontas inexplicáveis
O dodecardro traz apenas
multifacetadas imagens.
Que traduzem personagens
fictícios e ambulantes.
Passageiros.
Personagens, perfis
e estereótipos.
O que você realmente
apresenta ao mundo?
Será mesmo você?
Não responda.
Apenas reflita.
Sonhei uma arquitetura ideal
onde as rimas se encaixam
naturalmente aos sentimentos.
Que vão se deitar ao pôr do sol.
Tornei-me expert em ler almas
e decifrar espíritos
vagantes
Estamos a mercê do ciclo
constante de mudanças e ventos.
Há primaveras sem flores.
Há flores de plástico
Há emoções descartáveis
Há fúrias fingidas
É uma indignação estarrecida
Pois não conseguimos
sensibilizr o outro.
Os poemas automáticos
que surgem em série
com a numeração raspada.
A erosão do tempo
danifica a pele e os corpos
Envelhecemos e não ficamos sábios.
Ainda buscamos algo
que nem sabemos o quê
Quem foi que escreveu esse
script?
O poema se desfaz
é final desconstruído
é um lego defeituoso
que não se encaixa em nada
Há pontas inexplicáveis
O dodecardro traz apenas
multifacetadas imagens.
Que traduzem personagens
fictícios e ambulantes.
Passageiros.
Personagens, perfis
e estereótipos.
O que você realmente
apresenta ao mundo?
Será mesmo você?
Não responda.
Apenas reflita.