EU, O ALIENÍGENA.
EU, O ALIENÍGENA.
Por escrever, as pessoas sempre me falavam de valores
Como se os sentimentos tivessem preços
Esquecem que trabalham em ofícios que odeiam
Se vendem pelo dinheiro e status social
Têm ações nas bolsas de valores e investimentos futuros
E quando uma ruína os acomete, o suicido é a solução
Em verdade são palhaços à busca de telespectadores!
Não sou estatuas com olhos de gessos
Não freqüento igrejas para manter aparência dos que me rodeiam
Isso é um lúdico claustro que me faz mal
Viver já é uma cultura de muitos apuros
Ensinem a outros a terem outra forma de escravidão.
Há pensamentos dentro de mim, que vêem da morte de outras estrelas
Do isolamento e da solidão, sou servo da sanidade
Minha introspecção já me traz muitos ruídos
O universo tem seus claros escuros de inteligência
Toneladas de objetos vagam pelo espaço à caça de espaço
Uma nova moldagem sem a parasitagem humana
Da humanidade, somos apenas, suas simples favelas.
O milagre genético não foi feito nos sentimentos, na qualidade
Uma quadrilha sem-vergonha nos fala aos ouvidos
São moléculas de animais que sobreviveram da violência
Sabedores que somente o tempo pode levar-los ao fracasso
Inibe nossa transição e persevera na condição subumana
E isola-se em cada hereditariedade, com temor da evolução.
Não existe workshop da vida, ao menos somos uma mera introdução
Porem quem não tem medo de viver,... Jamais poderia ter de morrer.
A quem tenta me traduzir, digo-vos que já me fiz reproduzir!
Não há dinheiro ou posição que compre a minha razão primígena
E a vocês deixo um legado ignorante,... Os rabiscos de um alienígena.
CHICO DE ARRUDA.