EU, O ALIENÍGENA.

EU, O ALIENÍGENA.

Por escrever, as pessoas sempre me falavam de valores

Como se os sentimentos tivessem preços

Esquecem que trabalham em ofícios que odeiam

Se vendem pelo dinheiro e status social

Têm ações nas bolsas de valores e investimentos futuros

E quando uma ruína os acomete, o suicido é a solução

Em verdade são palhaços à busca de telespectadores!

Não sou estatuas com olhos de gessos

Não freqüento igrejas para manter aparência dos que me rodeiam

Isso é um lúdico claustro que me faz mal

Viver já é uma cultura de muitos apuros

Ensinem a outros a terem outra forma de escravidão.

Há pensamentos dentro de mim, que vêem da morte de outras estrelas

Do isolamento e da solidão, sou servo da sanidade

Minha introspecção já me traz muitos ruídos

O universo tem seus claros escuros de inteligência

Toneladas de objetos vagam pelo espaço à caça de espaço

Uma nova moldagem sem a parasitagem humana

Da humanidade, somos apenas, suas simples favelas.

O milagre genético não foi feito nos sentimentos, na qualidade

Uma quadrilha sem-vergonha nos fala aos ouvidos

São moléculas de animais que sobreviveram da violência

Sabedores que somente o tempo pode levar-los ao fracasso

Inibe nossa transição e persevera na condição subumana

E isola-se em cada hereditariedade, com temor da evolução.

Não existe workshop da vida, ao menos somos uma mera introdução

Porem quem não tem medo de viver,... Jamais poderia ter de morrer.

A quem tenta me traduzir, digo-vos que já me fiz reproduzir!

Não há dinheiro ou posição que compre a minha razão primígena

E a vocês deixo um legado ignorante,... Os rabiscos de um alienígena.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 09/08/2017
Código do texto: T6078213
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.