Abnegação

se o nascente reprimisse aurora

no travesseiro a luz do sol

residia

aquecimento apaixonado

pro dia

a poesia desalinhada dos cabelos

tatuando craquelado

no esmalte das unhas

ritmando Chopin

e Beethoven

dedilhando

o corpo do poema

desequilibrava paredes

o teto...

o ecossistema

enturvavam-se

alheios

acontecimentos pela impercepção

dos olhos

quando se perdiam naquela dimensão

onde todos os sons

eram daqueles passos

e aquela presença

era o nobre gás

pra respiração

a repetição das estações

não repetiram

a pessoa

para a dedicação atuar

o vazio toma

forma de mãos

e

falta

o ar

falta

o ar

MarySSantos
Enviado por MarySSantos em 20/09/2016
Código do texto: T5766944
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.