Abnegação
se o nascente reprimisse aurora
no travesseiro a luz do sol
residia
aquecimento apaixonado
pro dia
a poesia desalinhada dos cabelos
tatuando craquelado
no esmalte das unhas
ritmando Chopin
e Beethoven
dedilhando
o corpo do poema
desequilibrava paredes
o teto...
o ecossistema
enturvavam-se
alheios
acontecimentos pela impercepção
dos olhos
quando se perdiam naquela dimensão
onde todos os sons
eram daqueles passos
e aquela presença
era o nobre gás
pra respiração
a repetição das estações
não repetiram
a pessoa
para a dedicação atuar
o vazio toma
forma de mãos
e
falta
o ar
falta
o ar