Síndrome de Cotard
Contemple o hino necromante
Deste templo do niilismo
Sou mero cadáver ambulante
No ambulatório do existencialismo.
Nem preciso de modus operandi
Para confabular minha causa mortis
A fábula insuficiente dos consortes
E o purgatório em mim se expande!
Meu exponencial ressentimento
Do meu vazio em movimento
Demonstra que no abismo cresço.
Sou de um ritual de acasalamento
A tristeza, a eternidade e o tormento
Neste menage insuportável eu adoeço.