DE VEZ EM QUANDO
Conviver com a senhora desordem,
Com o pretérito mais que imperfeito,
Com as rasuras que se movem,
No irrequieto indicativo do leito,
Pertencer ao caminho enviesado,
Ao desencontro, ao ponto de interrogação,
À ação de um mundo tão complicado.
Resistir, abrir a realidade com a fantasia,
Ser a palavra incendiada da poesia.
E de vez em quando, enlouquecer, porque não?