Máscara da Insanidade
Em meio ao caos subumano
Todos disfarçam sua essência
Todos mascaram sua insanidade.
Vale, ao menos, aparentar sobriedade.
Resvalamos em atávicas heranças,
Quando, criança, sonhamos ataúdes.
Em pára-raios sub-urbanos,
De planas curvas verticais,
Os arranha-céus se riem
De suas pueris criaturas,
Que desenvolvem conjecturas
Em movimentos constantes, sazonais.
O choro do louco é prematuro.
Sua gargalhada risca o chão.
A confusão de seus sentidos
O faz transbordar de imensa compaixão.
O terror louco de seu medo
Guarda a insanidade...seu segredo.