MINHA ALMA
Minha alma sente frio
caminhando pelo deserto do saara,
mergulha nas doces águas do mar morto,
colhe flores em marte,
anda de skate pela via lactea
toca a lua com seus dedos de criança,
junta estrelas no avental
e enfeita os cabelos com elas,
se encontra nos labirintos desta vida,
viaja para fora de si mesma.
Minha alma dança na calmaria da tempestade
e ouve o sussurro de um trovão
baila, brinca, corre, esconde,
desvairada, entorpecida, embriagada.
Beija e depois xinga,
vira as costas e vai embora.
Minha alma tem caminhos
que se cruzam e seguem paralelos,
tem portas e janelas escancaradas,
tem sonhos e pesadelos,
tem asas e voa.