Noutra dimensão

Quando as banalidades evaporarem

Deixando à mostra apenas as essências

E levarem com elas as austeridades

E coisas como a hoje necessária paciência

Quando as hostilidades sequer forem lembradas

E toda divindade apenas insinuada

Concretizarem-se no sonho que nunca se sonhou

Em tradução que se pudesse entender

Quando imersos num mundo e não apenas num ponto

Onde se viveu parâmetros

Infinitamente longe do apogeu da alma

Quem sabe perderão o sentido todas as palavras

As interações serão num nível intangível incompreensível agora

Todos os padrões flutuarão livres sempre à mão

Tempos e lugares serão um todo à disposição

E os indivíduos se unificarão

Tetos, vetos, objetos, não serão mais nada

Conceitos concretos e abstratos nada significarão

Métodos e prazos, casos, histórias todas descartadas

E o que vivemos serão águas passadas