Portas
No canto de um espaço havia uma porta
Por certo propícia a algo secreto
Naquelas cabeças de detrás da porta
Às quais não se sabe o que abre e se é certo
Atrás dessa porta virada ao reverso
Não há quem escape imune aos seus vetos
Do lado oposto da face à mostra
Ninguém sequer sabe se está o que importa.
À parte o que há sempre existe a porta
Montando sua guarda, imóvel, selada
Alheia as vontades que em frente se postam
Frágeis, impotentes, minúsculos, idiotas...
Com suas cabeças também com suas portas