O louco, o felino e um filme

Fez lobotomia, portanto torna-se um nobre louco

que faz o lobo miar, mas é pirado e ainda acha pouco.

Não sabe o que pode acontecer no agora que advém a poesia

que mostra com maestria ao sair da boca do bicho-do-mato

e tornar-se canção majestosa, ilustrando o eco da vida.

E na selva se embrenha – anoitece

E um ponto vermelho – enlouquece.

Antigamente uma erva na mente e nos olhos cansados do felino

refletia a imaginação de um lobo velho e birrento.

Agora, não mais desconjuntado, dá-se calmo e cândido menino

que abre as verdadeiras asas da alma o limpamento.

E na selva se veste – amanhece

E um ponto de apoio – uns versos.

Cavalos selvagens pra domar ou deixa-los livres

no não padecer da escolha - parecer da escolta - poder da escuta.

No deflorar da coragem, segue acertado a passos firmes

como um filme que lhe foi caguetado ao ouvido.

André Anlub®

(2/2/14)

Site: poeteideser.blogspot.com