ARREPIO
(Sócrates Di Lima)
Um vento frio,
Entra pelas frestas da janela,
Um subto arrepio,
É a saudade dela.
Recolho os meus sentidos,
Nos desejos reprimidos,
Instantes percebidos,
Que noturno são mais atrevidos.
E assim em noite fria, faço meus ais,
Se voltarem para a nova jornada,
Abrindo meus vitrais,
Aos ventos que trazem lembranças da namorada.
E rosna os ventos em noite alta,
Como grita no alto da capela o sino,
Calafrio em arrepio de alma que desata,
Os nós dos medos do destino.