Espelhos de mim

Olhei para trás.

Olhei, porém não vi.

Meus instintos são um tanto cruéis:

Não me permitem a compaixão.

A música tornou-se insuportável,

E não quero assemelhar-me a Byron.

Pessoas sorrindo enojam-me.

Não encontro sentido algum

Na Arte medida.

Filmes, poemas, televisão.

O que são,

Senão apenas uma forma de distração?

Conversas abafadas.

Desespero interior.

A caneta escreve

O que eu não falo.

Meu inconsciente acorrentado

Não amedronta-me.

Pessoas fracas não merecem,

Não merecem o meu olhar.

Sendo assim,

Destruo meus espelhos.

Raquel Abes
Enviado por Raquel Abes em 03/04/2007
Reeditado em 17/10/2007
Código do texto: T436397
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