Espelhos de mim
Olhei para trás.
Olhei, porém não vi.
Meus instintos são um tanto cruéis:
Não me permitem a compaixão.
A música tornou-se insuportável,
E não quero assemelhar-me a Byron.
Pessoas sorrindo enojam-me.
Não encontro sentido algum
Na Arte medida.
Filmes, poemas, televisão.
O que são,
Senão apenas uma forma de distração?
Conversas abafadas.
Desespero interior.
A caneta escreve
O que eu não falo.
Meu inconsciente acorrentado
Não amedronta-me.
Pessoas fracas não merecem,
Não merecem o meu olhar.
Sendo assim,
Destruo meus espelhos.