BIG BANG.
BIG BANG
Numa romaria de estrelas,... Li a prenhez da beleza
Uma escuridão de luz no espaço fruía estranho...
Planetas pluriétnicos num monólogo de pureza
Quasares, pulsares e supernovas, expandiam seu tamanho,...
Nas galáxias em prantos pelos natimortos, nanômetros fetos.
Milhares de sóis namoravam sistemas meretrizes para brilhar
Luas concubinas atraíam astros com seus poderes magnetos
E o nascimento de um velho mundo novo veio nos vasculhar...
Uma insofreável explosão no nada de nada,... Fez esse tudo.
O cosmo é voyeur de uma órbita que sempre está em colisão
Abismos de medo é o aluguel a ser pago por nossa coabitação
E cada vez que violamos a lei natural, somos conspurcados.
Nas sãs células de antimatéria da complexidade do ser humano
Vi a vida de meus átomos mortos, nas laudas siderais do engano.
CHICO DE ARRUDA.