Corpo sem alma

Meu corpo reclama sua ausência

Minha razão é a razão de sua essência,

Mas bate em mim a sensação da duvida

Então, fico entre o sim e o não

Sonhando em vão, buscando em desespero

Uma ilusão qualquer capaz de me amparar

Quando o cansaço enfim me nocauteia

Preso a uma teia o terror de um pesadelo me domina

Peço socorro sem saber a quem

O mal e o bem apontam para mesma direção

Eu digo não!

Não me abandone nesta escuridão!

A solidão, feroz e traiçoeira,

Cheirando a enxofre me aponta para o norte

Lançando a sorte me dirijo para lá

Lá, um pouco mais além

Um mundo todo escuro

Uma caveira e a sorrateira sombra do futuro

Desesperado corro em vão por entre as trevas

Luto sem tréguas entre gritos sufocados

Desejo a morte

Sinto arrepios e o silêncio é quem me responde

_Estou aqui, trajando luto

Réu confesso que por ti não luto

É tarde, não há mais tempo pra se arrepender

Chegou seu fim

A sua alma já se encontra em outro ser