Amor em líquidos
Não vejo a hora
Da tua mão forçar minha pelve
Num movimento cadente,
De você emergir tua saliva
Na minha vontade latejante
De arrancar teu suspiro mais fundo
Numa frequência louca e compulsiva!
Não vejo a hora
Do teu dorso se dobrar
No calor das minhas malícias
E tuas delícias lambuzar meus dentes...
Capaz de morrer mil vezes
E depois retornar do alto da tua agonia
Para assistir ao encontro triunfante
Do teu gozo com a minha alegria!
Não vejo a hora
De subir no teu altar e me jogar!!!
Não vejo a hora
De não me pertencer mais...
Não vejo a hora
De romper toda película de espera,
E avistar teus olhos lá de onde as estrelas nascem...
Não vejo a hora
De sentir transbordar todo tipo de líquido quente
E me banhar de prazer
Demoradamente...