Coração de Porcelana

Tua frágil e débil existência,

Perdida nas sombras da solidão,

Morre perdendo toda essência

Que falece nos átrios do coração

Negra como a luz da palidez,

Teu caminho vai-se corroendo,

Com o aroma de embriaguez,

Ao teu seio segue escorrendo.

O sangue que pela rachadura,

Corre entre os dedos manchados

Vermelha, escarlate e pura,

Nos átrios dos sonhos lacerados

Como uma sombra solitária,

Sua vida traça um circulo interno,

Em sua projeção imaginária

Dentro de ti deságua o inferno!

A maré que lhe desata a blusa

Tocando tua alma ofegante,

É somente a dor tão obtusa

Imersa em seu subconsciente!

Um sorriso breve refletido,

Nesta aura ingênua se emana,

Que sibilante tem gemido

Em seu coração de porcelana

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 12/08/2012
Reeditado em 12/08/2012
Código do texto: T3827271
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