LAUREL DOS SOFRIMENTOS

LAUREL DOS SOFRIMENTOS

Estou magnetizado pelos meus elos e anéis abstrusos,...

As informações adentram flâmeas na minha ilha de raios

Os modelos silvícolas trazem-me a saudade dos reclusos

Sou íons eletrizados nas gasosas radiações de meus ensaios,...

Horrendo caos esses ensaios! A insanidade é-me uma estesia.

Teço as ondas cinéticas do meu eu,... Notívago universo

E cuspo meus pensamentos lassos na luz da vã monotonia

Para que as ambrosias dos meus restos mate teu deus perverso...

Faz-me pensar o que ninguém o quer! E falar aos moucos

A vida, talvez seja o alambique da morte, a súmula dos atos

E o laurel dos sofrimentos. Sou o fedor de todos os olfatos

E meus neurônios em psicose, são as heteras dos taroucos.

Condeno o oblato e o misógino a uma rotação eterna e precípite

Na densidade de tua própria sanidade, e o inferno é teu limite!

Pois viveste na macia alfombra dos prados das enganações

E improficuamente esparramou embustes para nossas salvações...

Não teve nem decência e tão pouco coragem para se dardejar.

O deserto de consciências inconscientes não me é temerário

Não vou me desagregar, meus átomos hão de se disseminar

E uma nova ordem nesse mundo alienígena,... Fará aniversário.

Não quero epicédio ou procissão romana e profana no meu funeral

Minhas mônadas, segundo Leibnitz, estarão mais evoluídas e vivas

Engendrarei novas criaturas, e que vão habitar outro córtex cerebral

E espero que sinta a mesma dor que cá sinto,... E com elas convivas.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 25/07/2012
Código do texto: T3797433
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