LAUREL DOS SOFRIMENTOS
LAUREL DOS SOFRIMENTOS
Estou magnetizado pelos meus elos e anéis abstrusos,...
As informações adentram flâmeas na minha ilha de raios
Os modelos silvícolas trazem-me a saudade dos reclusos
Sou íons eletrizados nas gasosas radiações de meus ensaios,...
Horrendo caos esses ensaios! A insanidade é-me uma estesia.
Teço as ondas cinéticas do meu eu,... Notívago universo
E cuspo meus pensamentos lassos na luz da vã monotonia
Para que as ambrosias dos meus restos mate teu deus perverso...
Faz-me pensar o que ninguém o quer! E falar aos moucos
A vida, talvez seja o alambique da morte, a súmula dos atos
E o laurel dos sofrimentos. Sou o fedor de todos os olfatos
E meus neurônios em psicose, são as heteras dos taroucos.
Condeno o oblato e o misógino a uma rotação eterna e precípite
Na densidade de tua própria sanidade, e o inferno é teu limite!
Pois viveste na macia alfombra dos prados das enganações
E improficuamente esparramou embustes para nossas salvações...
Não teve nem decência e tão pouco coragem para se dardejar.
O deserto de consciências inconscientes não me é temerário
Não vou me desagregar, meus átomos hão de se disseminar
E uma nova ordem nesse mundo alienígena,... Fará aniversário.
Não quero epicédio ou procissão romana e profana no meu funeral
Minhas mônadas, segundo Leibnitz, estarão mais evoluídas e vivas
Engendrarei novas criaturas, e que vão habitar outro córtex cerebral
E espero que sinta a mesma dor que cá sinto,... E com elas convivas.
CHICO DE ARRUDA.