GÊISERES MORTAIS
GÊISERES MORTAIS
Brônzeas um dia foste às vestes dessa atmosfera
O cobertor compacto agora se mostra iracundo
Fruto dos chamuscos negligentes do homem-fera
Do verdoengo cérebro que clama ser fecundo.
Há uma subconsciência que haure ter a solução
Mas, é tão sua benesse ambiciosa quanto tua poluição.
A coorte política mundial colige fosseis mentes de rato
Para que suas prioridades nadem num corrupto regato.
A galáxia de Andrômeda com a via láctea colidirá
O nosso sol tem prazo de validade, a vida resfriará
O planeta-hospedeiro respirará ignívomos gases
Ao primitivo volveremos! Carbonizando todos os satanases.
A preocupação dessa raça, de caráter sáxeo e vaidade leviana
É achar-se ser a incandescência de um cosmo mutável
Alimárias em existência! Que vive com o clâmide de soberana
E que nas suas estatuetas de veludo a úlcera é saudável,...
Mármores de câncer, ignípedes caminhando para a ruína
Conquanto que a fartura possa sagrar-lhe numa só vida
Para que preocupar-se?! O futuro não verá sua cocaína!
Então o luxo de sua estupidez ser-nos-á homicida.
O pior é que seus átomos, suas células, serão renascidos
E o universo tornará a cometer os mesmos erros,...
E qual Darwin virá para os nossos desenterros?
E a quais tipos de crucificação ressuscitada seremos submetidos?
Neurônios de gêiseres mortais acometem o cérebro-molusco
E no sepulcro das charnecas do planeta Terra,...
Ouviremos os trenos sombrios do alienígena patusco
E não haverá fulcros de Deuses que amam a guerra...
Nosso destino,... É a órbita azinhavrada com nossa arrogância.
CHICO DE ARRUDA.