AMADOR HUMANO

AMADOR HUMANO

Não quero a vida de um sepulcro

Nem lapides hipócritas...

Deixem minha morte em paz!

Volvam para seus sentimentos cenobitas.

A sorte dorme no cárcere do xucro

A humanidade é a insônia de incógnitas

A tua alegria tem o sorriso de aguarrás

E tua vaidade é infestada de parasitas,...

Nenhuma religião te privará do apodrecimento

Nenhuma alma é viva para onde vai

Toda tolice te atrai

Esquece-se que é um vil alimento.

O solo não merece tanta infecção

E eu, filho do alienígena, sufista

Sou o refratário da alienação

Da perfídia humana e sua conquista

Da submissão obtusa aos cilícios

E da castração da coerência.

Expomos nossas grandezas em comícios

Perdemos o amor e a sua inocência,...

Somos consorte de todo bem amadorismo

O orgulho nos anestesia

Nosso caráter é uma fantasia

E a nossa consciência está com reumatismo.

Por isso, estou contaminado

Nada em mim presta

Então nada mais me resta

Do que ser pulverizado,...

Não sou digno de viver nessa humanidade.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 26/05/2012
Reeditado em 21/07/2012
Código do texto: T3688452
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