.x.|. InuManO - VeRSoS De[MenTeS] - IV .|.x.

Posso sentir

Um langor interno

Queimando a rememorar

Mi'a imperfeição fatal...

Posso deixar passar,

Posso deixar entrar...

Mas, o coração renega

Enquanto a alma s'entrega

Numa espiral de prostração...

Posso sair gritando

Negando esta situação;

Posso cortar os pulsos,

Impedir o impulso

Desta forte confusão.

Mas, tenho fantasmas a sangrar

Nestes olhos febris por amor...

Tenho corvos a grasnar

Nestes ouvidos tristes de dor...

Suporto demônios nos ombros

A sussurrar meus negros escombros

Em cada poema a compor...

SouL de átomos agitados

E seriamente desmaiados

Para o mundo exterior...

E ainda que devorada

E digerida no estômago 'vida'

Estou estas partículas

Diminutas e tão reclusas,

Confusas e mal deglutidas,

Raspando na goela da existência...

Criando um nó de resistência

A tudo o que se pode aspirar...

E é tudo tão rápido e insano

Como meu último verso a somar:

Me fiz átomo infeliz... inumano...

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xll CLaRa Lee llx
Enviado por xll CLaRa Lee llx em 12/02/2012
Reeditado em 12/02/2012
Código do texto: T3495736
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