PSICOGÊNESE DE UM CÉREBRO CONVULSO

PSICOGÊNESE DE UM CÉREBRO CONVULSO

Estou farto de escrever! Minha mente está cansada

Está insana, diuturnamente vai afogueando-me estragada.

São tantas as sombras que me assombram, e todas me são amores

Ejaculo palavras que me desmentem, para não causar dores.

Ouço muitos cuspirem epizeuxe panegíricos aos mitos

Ando onde irmãos urinam suas fezes de cólera costumeira

Vejo a fumaça sem trem entupir o planeta sem apitos

E usa o maltrapilho humano como lenha para lareira.

A sociedade imoral se apraz na ausência de didatologia,...

A gangue da paz precisa aportar nesse caos com opulência

Para que a babel hereditária do mal seja refreada com sapiência

E para que eu possa expurgar essa hemorróida da minha caligrafia.

A tempestade de idéias é-me um AVC atraente

Copiosamente, tenho chorado noites a fio silenciosamente

Num submundo do meu cérebro que ainda é mais gentil.

A infância do mundo agradece a nossa ignorância por odiar.

O ódio é muda sem viveiro, cicuta no cristal de nossa realidade

O amor terá de sair do cativeiro, para nos abraçar na sua santidade.

Tenho nojo da minha raça. Basta! Cale-se cérebro convulso

Vomita-me suas psicogêneses antropológicas de um neandertal.

Não vou mais escrever! Juro que não! Até que esse invasor seja expulso.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 08/02/2012
Código do texto: T3486340
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