PSICOGÊNESE DE UM CÉREBRO CONVULSO
PSICOGÊNESE DE UM CÉREBRO CONVULSO
Estou farto de escrever! Minha mente está cansada
Está insana, diuturnamente vai afogueando-me estragada.
São tantas as sombras que me assombram, e todas me são amores
Ejaculo palavras que me desmentem, para não causar dores.
Ouço muitos cuspirem epizeuxe panegíricos aos mitos
Ando onde irmãos urinam suas fezes de cólera costumeira
Vejo a fumaça sem trem entupir o planeta sem apitos
E usa o maltrapilho humano como lenha para lareira.
A sociedade imoral se apraz na ausência de didatologia,...
A gangue da paz precisa aportar nesse caos com opulência
Para que a babel hereditária do mal seja refreada com sapiência
E para que eu possa expurgar essa hemorróida da minha caligrafia.
A tempestade de idéias é-me um AVC atraente
Copiosamente, tenho chorado noites a fio silenciosamente
Num submundo do meu cérebro que ainda é mais gentil.
A infância do mundo agradece a nossa ignorância por odiar.
O ódio é muda sem viveiro, cicuta no cristal de nossa realidade
O amor terá de sair do cativeiro, para nos abraçar na sua santidade.
Tenho nojo da minha raça. Basta! Cale-se cérebro convulso
Vomita-me suas psicogêneses antropológicas de um neandertal.
Não vou mais escrever! Juro que não! Até que esse invasor seja expulso.
CHICO DE ARRUDA.