MEUS MEDOS

TERCETO MEUS MEDOS

Na crueza mortal de viver,... Vivo para morrer

Sabedor que a vida é meu açoite

Transtorno-me de dia,... Prefiro a noite

... Os urubus diurnos fazem-me tremer.

Não tenho medo de morrer

Tenho mais medo,... De morrer com medos

Pois morto que estou basta-me não me abater.

Os fantasmas chumbregas vomitam-se seus enredos,...

E pictórico que são seus valores

Voam pela Terra propagando seus horrores...

E quão tão é vaidoso o apreço pelo poder de abastança.

Para eu, basta-me não igualar-me a essa semelhança.

Saudades dos dinossauros! Onde matar,...

Fazia parte de uma cadeia alimentar.

Melancolia? Não. É um páramo celeste de destruição.

Sou qualquer espécie de demente em evolução

Mas não vislumbro uma paz no bálsamo da guerra

Há de termos tolerância com quem pensa que nos aferra,...

Pois, sua mente incapaz encarcera-se na arrogância de ser primaz.

Vivo e morro dia após dia com os atos e atitudes impávidos de covardia

E réptil que são, engravidam sua hereditariedade com essa fantasia.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 03/02/2012
Reeditado em 04/02/2012
Código do texto: T3477551
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