MEUS MEDOS
TERCETO MEUS MEDOS
Na crueza mortal de viver,... Vivo para morrer
Sabedor que a vida é meu açoite
Transtorno-me de dia,... Prefiro a noite
... Os urubus diurnos fazem-me tremer.
Não tenho medo de morrer
Tenho mais medo,... De morrer com medos
Pois morto que estou basta-me não me abater.
Os fantasmas chumbregas vomitam-se seus enredos,...
E pictórico que são seus valores
Voam pela Terra propagando seus horrores...
E quão tão é vaidoso o apreço pelo poder de abastança.
Para eu, basta-me não igualar-me a essa semelhança.
Saudades dos dinossauros! Onde matar,...
Fazia parte de uma cadeia alimentar.
Melancolia? Não. É um páramo celeste de destruição.
Sou qualquer espécie de demente em evolução
Mas não vislumbro uma paz no bálsamo da guerra
Há de termos tolerância com quem pensa que nos aferra,...
Pois, sua mente incapaz encarcera-se na arrogância de ser primaz.
Vivo e morro dia após dia com os atos e atitudes impávidos de covardia
E réptil que são, engravidam sua hereditariedade com essa fantasia.
CHICO DE ARRUDA.