MANJAR HUMANO
MANJAR HUMANO
Oh! Jantar dos parasitas
Manjar da obscura tumba
Onde amarecele tua chaga
E dorme na terra cativo,...
Guardastes tua fortuna em guaritas
Baús, inchados como caxumba.
E no relicário da tua praga
Jaz seu bem inexpressivo.
Oh! Maldito vômito humano
Germe que na fêmea continua ovulando
Teu DNA macabro
É-nos um descalabro.
Eu vi-lhe matar teu irmão
Portando sua inveja com fé
E ouvi a tua pagã oração
Proliferar por toda Sé.
Ah! Serpente que te faz traidor
Lascivo par incestuoso
Povoou-nos monstruoso
E abençoou esse cosmo pecador.
Quem és tu para apedrejar?!
Lázaro dos embustes
Nenhuma pedra há de te amar
E tua sentença sofrerá reajustes,...
Pois, não há mortos sem vivos...
E infernos sem céus
Da nossa existência somos réus
Criminosos,... Fugitivos.
Oh! Almoço gosmento
Contamina-nos ambicioso com sua perecibilidade
Teu nascimento nada prodigioso é nossa animalidade
Até quando nos infectará purulento?
CHICO DE ARRUDA.