MANJAR HUMANO

MANJAR HUMANO

Oh! Jantar dos parasitas

Manjar da obscura tumba

Onde amarecele tua chaga

E dorme na terra cativo,...

Guardastes tua fortuna em guaritas

Baús, inchados como caxumba.

E no relicário da tua praga

Jaz seu bem inexpressivo.

Oh! Maldito vômito humano

Germe que na fêmea continua ovulando

Teu DNA macabro

É-nos um descalabro.

Eu vi-lhe matar teu irmão

Portando sua inveja com fé

E ouvi a tua pagã oração

Proliferar por toda Sé.

Ah! Serpente que te faz traidor

Lascivo par incestuoso

Povoou-nos monstruoso

E abençoou esse cosmo pecador.

Quem és tu para apedrejar?!

Lázaro dos embustes

Nenhuma pedra há de te amar

E tua sentença sofrerá reajustes,...

Pois, não há mortos sem vivos...

E infernos sem céus

Da nossa existência somos réus

Criminosos,... Fugitivos.

Oh! Almoço gosmento

Contamina-nos ambicioso com sua perecibilidade

Teu nascimento nada prodigioso é nossa animalidade

Até quando nos infectará purulento?

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 07/12/2011
Código do texto: T3375810
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