JÁ ERA SABIDO

Onde estava eu com a cabeça? Oh, mas será sempre desta maneira. Quem será o super herói que deterá a inconstância, pois bem digo eu, quem será? Ah, penso que seja pedir demais de meros mortais, pobres coitados.

Já deveria saber, que pelo fato de ter nascido grande, inconstante, metamorfose, jamais teria alguém que a cuidasse, pois nascera para cuidar.

Sua armadura fora feita minuciosamente, como uma gota de orvalho que pinga de uma folha, tudo fora planejado, mínimos detalhes. Ah, tu sabes que quando o gelo é maior que o calor, pode ele congelar-te, sem nem ao menos pedir-te permissão. Conseqüência.

Agora suporte, ande como se as estradas fossem de algodão, como se em teu peito houvesse apenas um “X”, um “X” da questão querida. Acostume-se, escolheram-te, nomearam-te, tu és símbolo, jamais fraqueza.

Nada de contestar, ou querer partir, quem parte, são mortais, partem corações. Quem contesta são teimosos, tolos. Tu não, tu és algo a mais.

Agora não podes mais detectar auto-posse, somente posse alheia, és instrumento, saudade, ventania. Tornado.

Desligue o telefone, escute apenas tua voz, um clique, um milésimo de segundo. És tu.