SONHO DE POETA
(Sócrates Di Lima)

Sonho de Poeta,
Libertino, profano,
Dentro de mim,
Um insano que se atesta.

Louco de sonhar,
Inquieto no pensar,
Selvagem no amar,
Romantico no versejar.

Sonho de Poeta,
Insistente,
Porta aberta,
Irreverente.

Dono de mim,
Mas, derramando na saudade,
Um louco sem fim,
Dentro da sanidade.

Meu olhar devora o verso,
Do poema do corpo desnudo
No inverso e no reverso,
O prazer de amar é tudo.

Embriago-me na fragrância de flores,
Trago a bebida que me alucina,
Sob o domínio de fera indomável e seus licores,
Cálices  que no corpo bebo á adrenalina.

E como fera na lucidez e coragem,
No ranger dos dentes eu canto,
O rugido do amor selvagem,
Que de tanto amor me encanto.

E o poeta na sua embriaguez,
Das delicias que o amor invade,
É poema de lucidez,
Que no ninho espasma de vontade.

O poeta é a palavra febril,
Que a libido externa com prazer,
Quando na doçura selvagem e viril,
Faz o amor de insanidade acontecer.

Então o poeta sonha a caminho da rua,
Enfeitiçado pelo despertar da Lua,
Que faz da loucura sua,
O beijo louco de uma vontade nua.

E como um cântaro que derrama desejos,
O poeta escorre como o prazer derramado ao fim,
Se perdendo como louco nos beijos,
Divaga no sonho que faz o poeta  ser assim.

E se o poeta não tivesse o seu amor,
Não teria a poesia a cantar,
Basilissa é a poesia em flor,
Que o poeta vive a sonhar.


 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 19/11/2011
Reeditado em 06/02/2012
Código do texto: T3345212
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.