PAZ DE GUERRA
PAZ DE GUERRA
Em qualquer parte que vá
Há uma forma iminente de guerra.
Usando as mãos como pá,...
Corcovas de corpos adubam a terra.
Sejam por quais motivos forem
São torpes as razões para interporem
Sem freios,... Somos todos os meios
Motivos e razões ocos de recheios.
Na paz de guerra o humano se degenera
E sem enleio constituímos nosso chavascal
Habituamo-nos com o que nos é fenomenal
E nesse pútrido ar, essa hipocrisia nos refrigera.
O planeta é-nos um opíparo sepulcro
Estamos em fase de testes,...
E havemos de ser reprovados
Sem direito à recuperação.
As boas ações são insignificantes
Diante de fartas desprezibilidades fulgurantes.
Guerreamos, conosco mesmos, em pensamentos.
Somos um produto de consumo sem insumo
Fruto de nossas vaidades perniciosas
Perecíveis e sem sumo. Resta-nos o nosso humo.
Esse céu um dia, será o habitat da lua morta...
Um sol vermelho virá mercúrio na aorta
E o buraco dessa estrela imantará os fingimentos.
Pessimismos?! Não. Observação de nossas atitudes
Beatitudes não são virtudes!
Erguer as mãos e implorar auxílio, coisa de mentes preguiçosas.
CHICO DE ARRUDA.