SERIAL KILLER

SERIAL KILLER

Não és inocente! Culpam-te por tuas culpas.

Vulgarizastes ante desejo vário

Deixaste um lastro de viúvos e viúvas...

Órfãos, cristãos,... É um sicário sem rosário.

Semente maligna e sanguinolenta

Posta nesse mundo para perverter

Tua índole é uma prole turbulenta

Nem Sigmund Freud para te compreender.

Teu nascimento foi um luto familiar

Esse mavioso cosmo não é o teu patamar.

Que funéreo céu te pariu?

Satanás é teu pai, e o inferno, teu covil.

A mente sonâmbula esculpe o macabro

Dança no corpo o bisturi afiado

Retalha a carne na cirurgiã do pecado

E a vítima se agita no sangue coagulado.

Sorri freneticamente frente ao tribunal

Debocha das leis! Aparece na teve,...

E os direitos humanos se fazem maternal...

... O mundo está virando mesmo um bacanal.

Somos réus de uma constituição prostituída

Onde o juízo constituído forma a sociedade traída.

Dão-te o habeas-corpus, pagamos teu pão de cada dia...

Separam-te dos demais, pois não aspiram ao teu mal...

Que ironia, o vitimado é taxado bestial.

Tinhas de padecer encarcerado no choço...

Guilhotinado ou com a corda adornando teu pescoço

E sem sepultura para não macular nossa semeadura.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 17/11/2011
Código do texto: T3341895
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