SUBSTÂNCIA VULGAR
SUBSTÂNCIA VULGAR
Sublevo-me do meu corpo hirtamente frio
Incompreensível,... Vejo vultos a bailar...
E um espectro, hierofante cultor sombrio.
Acérrimo hipocondríaco de alma a me julgar.
Aclararava a lei da nova cosmogonia
Fiz pouco caso para falácia em desarmonia.
Subitamente, vi um mundo de holocausto...
Abaixo,... Humanos no planeta hipocausto.
Sem mais me alhear ao ocorrido
Alentei-me com a elação de ter morrido.
Na contubernal vida que me ascendia
Deleitei-me por ausentar-me daquela orgia.
A sorte abraçou o meu azar,...
Acatei o suposto hierofante, e sua teleologia.
Inexistiam os espelhos para me afugentar
E minha substância estava em harmonia.
Minha consistência agora era consciente
Meu universo tornava-se quão aparente...
E não me amofinaria com a vida vulgar.
Conhecerei o gestor desse orbe agressor
Buscarei respostas para suas apostas
E, escreverei melhor sobre esse nobre inventor.
CHICO DE ARRUDA.