HUMANO-DEUS
HUMANO-DEUS
No subterrâneo da convulsa alma humana
O sanguinário embate mavórtico trava-se,...
E no duelo do bem do mal, há a neurose leviana.
Do recôndito sarcófago o diabo incolor evola-se...
O fruto do adultero sacrilégio na terra se quebranta.
O amor incestuoso, pais pecaminosos; cópula venal...
Contos esquecidos nos pergaminhos; ardiloso e imoral.
E o humano-deus vomita tua vida de sacripanta.
Elo sintético de seus congênitos destroços
A tua encefalia alastrou-se com galhardia
E a doença funérea rói-te da carne até os ossos.
Somos todas as chagas sôfregas em expansão...
Lepras da humanidade, espírito pneumônico...
Abençôo o dia que as pragas sagrarão sua gratidão.
CHICO DE ARRUDA.