VAMPIRO

VAMPIRO

O notívago vento glacial açoita a face lívida

O bafo gélido rompe o silente da aurora letal

E a figura sombria desvalida surge vívida,...

Trás contigo a sede pelo sangue que lhe é vital.

Seus globos mortiços orbitam buscando sua presa

E na destreza dos seus movimentos, ataca de surpresa.

Insere presas afiadíssimas na jugular do infeliz

Sugando o néctar que jaz em febril ebulição na raiz.

Seres da noite, mortos que vivem dos vivos descrentes

Anjos malditos, diaristas residentes do caixão

Soturnos das sombras amaldiçoados sem compaixão

Toda forma de luz são-lhes repelentes.

O enxofre e a tua falta d’alma estão no teu sacrário

Infernizando tua vida de solitário,...

E te distinguindo da pureza do amor.

Em trevas iluminadas rastejam na terra

Em mundos por nós desconhecidos progridem

Mas, é infecundo,... Tua cria não procria.

A estaca no peito, tua vil existência se encerra

A poeira e ao pó te regridem,...

E o conjunto macabro vira porcaria.

No teu pélago de dor

Há os teus irmãos caminhando inconhos

... Êxules sépticos sem cor.

CHICO DE ARRUDA.

CHICO BEZERRA
Enviado por CHICO BEZERRA em 23/10/2011
Código do texto: T3293611
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