Sensualidade, saudade, descoberta das lágrimas.
Som da voz que ecoa livre
Pensante até o vão da flor mais calma
Pertenço a ti até quando quiser
A alma com cheiro de campo
De calor aos leves toques de teus abraços
Calados cansaços para dentro da pele
Ou será que caminha para longe
E esquecendo a cor do tom mais brando
Que a nossa juventude permitia em amor e cigarro.
Sensualidade.
E o sorriso da inocência serena e livre
Caminham para o gélido coração engaiolado
Cheiro de primavera florindo os pulmões
E abrindo os olhos para a vida coberta
Há de se cuidar da expectativa
Abrindo os braços pelo vento
E pedindo pelo amor de que Deus que possa dar
Um instante qualquer no ar
Transformando os longos rios em mar.
Saudade.
Em extremo êxtase se caminhou serena
Para longe das utopias mais realistas navegando
Em batuques compassos tão incertos até o fim
Fazendo companhia para a alma fraca
Recobrindo o resto do dia de sol claro e lindo
Folha verde, olho aberto, lágrimas vibrantes.
Volte em mim toda essa magia dos extremos
Para tocar nos detalhes de cada perfeição
Intensa dor por puro prazer.
Descoberta.
Enquanto isso permanecer pelo amor de Deus
Venha me abraçar mais um pouco
Venha me dizer que os teus instintos querem me comer
Que o tempo que calado se seguiu, virou.
Abra o peito, para gritar qualquer coisa.
Mas pelo o que é mais sagrado, diga.
Fale alto, em tom excitado, em expectativa.
Lembrando sempre que o sonho é o breve longe do piscar
Mas, por favor, não me deixe trancada dentro de mim.
Lágrimas.