Sensualidade, saudade, descoberta das lágrimas.

Som da voz que ecoa livre

Pensante até o vão da flor mais calma

Pertenço a ti até quando quiser

A alma com cheiro de campo

De calor aos leves toques de teus abraços

Calados cansaços para dentro da pele

Ou será que caminha para longe

E esquecendo a cor do tom mais brando

Que a nossa juventude permitia em amor e cigarro.

Sensualidade.

E o sorriso da inocência serena e livre

Caminham para o gélido coração engaiolado

Cheiro de primavera florindo os pulmões

E abrindo os olhos para a vida coberta

Há de se cuidar da expectativa

Abrindo os braços pelo vento

E pedindo pelo amor de que Deus que possa dar

Um instante qualquer no ar

Transformando os longos rios em mar.

Saudade.

Em extremo êxtase se caminhou serena

Para longe das utopias mais realistas navegando

Em batuques compassos tão incertos até o fim

Fazendo companhia para a alma fraca

Recobrindo o resto do dia de sol claro e lindo

Folha verde, olho aberto, lágrimas vibrantes.

Volte em mim toda essa magia dos extremos

Para tocar nos detalhes de cada perfeição

Intensa dor por puro prazer.

Descoberta.

Enquanto isso permanecer pelo amor de Deus

Venha me abraçar mais um pouco

Venha me dizer que os teus instintos querem me comer

Que o tempo que calado se seguiu, virou.

Abra o peito, para gritar qualquer coisa.

Mas pelo o que é mais sagrado, diga.

Fale alto, em tom excitado, em expectativa.

Lembrando sempre que o sonho é o breve longe do piscar

Mas, por favor, não me deixe trancada dentro de mim.

Lágrimas.

Lady Sophia
Enviado por Lady Sophia em 10/12/2006
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