Oração

Oh! Ódio ancestral que me acompanha

Carne multifacelada pela angústia

Destinos destruídos por maldita fanha

Que assassina a vida com maestria

Que oráculos ditosos são esses

Como um quê que carrego em meu ser

Prevêem a cura por vezes

Enfermando os dias do meu viver

Furem-me os olhos, estourem meus tímpanos!

Pois mais nada me fará guiar

Esta nave tripulada por insanos

Cantando a melodia do sonhar

Não desejo ofertar nenhum sorriso

Ao dirigir-me ao vale da agonia

Pois sem minha alma não preciso

Do farfalhar constante da alegria.