Eu não sou louco

Não me chame de louco.

Nas noites que subo na árvore,

e da ponta do galho mais alto,

estico os braços tentando

pegar uma estrela pra te presentear.

Não me chamem de louco,

Quando na beira do lago,

jogo pedrinhas,

a fim de escutar o barulhinho.

Não me chamem e louco,

quando depois de um sonho de amor,

levanto, vou a janela na esperança

de que realmente estejas lá.

Pode me chamar do que quiser,

De tolo, de poeta,

até mesmo de amante,

mas não de louco.