A gula de cada dia


Continências ao verbo servido,
Fumegando pelo hálito simbiótico.
Naquele naco expressivo, o nervo gustativo,
Se contrai em êxtase.
É o poder da língua
Subjetiva e onírica,
Abrindo nesgas, sem pudor!
Aos meus olhos, o tempo perfeito,
E a palavra se infla, no sanguíneo deleite,
Estraçalhada pelos dentes do amor
E devorada pela gula  subsequente...

'Defino a poesia das palavras como Criação rítmica da Beleza. O seu único juiz é o Gosto.' Edgar Allan Poe

Cristina Jordano
Enviado por Cristina Jordano em 07/03/2011
Reeditado em 07/03/2011
Código do texto: T2833062
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