Da séria série: Poemas encardidos
 
O esgoto 
 
Apontam os dedos sujos
Os intrusos feitores,
Com seus coturnos fétidos
Massacram canteiros de beijos,
Com seus insanos motores
E suas serras malditas
Roubam psicologia e desejos
Dos homens de bem
Com suas mensagens aflitas
Sempre burlando a inveja
Escapando do ódio de alguém!
 
Apontam os dedos sujos
Brutos que sinalizam desistências,
Feras imundas
Obstruídas pelo fedor
Das próprias flatulências...
E com suas bundas denegridas de afeto
Rompem abscessos
Num processo invertido:
Cagam lágrimas e cospem lixo!
 
 
 
Cristina Jordano
Enviado por Cristina Jordano em 23/02/2011
Reeditado em 23/02/2011
Código do texto: T2810716
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