†_____Enxovia Astral (a ida da carne à alma e sua fúnebre queda)_____†

Tal qual um ópio mia mente vagueia

Populada por tal lisérgico pesar

Uma catatonia qu´em meu peito craveja

Anátema maestosa, molesto tentar

Perdi a conexão com mia Daat

Ponte sempiterna ao meu Eterno

Sinto-me só, enxoviado num esquife

Poderio aterrador e assaz quimérico

N´alguma casucha meu corpo se queima

Em rútilas centelhas de divagação

Azáfama pelo deleite da morte plena

Uma queda do pilar da imaginação

Tal qual um acerbo sabor azedume

Trancafiado pelas mãos tiranas dos titãs

Meu laríngeo se dissolve aos gumes

Recitando um coral tenebroso por mi´afã

Torva deidade a qual pragueja

Co´seus tentáculos e pólipos luminosos

Santidade incauta qu´esbraveja

Mas embevecida em suas vestes garbosas

O charme desta luz oculta e pomposa

Vislumbra-m´em total adoração

Mas a queda por tal semente glamurosa

Apodrece-m´em decrépita lamentação

E por vezes, sinto-me um charque sequioso

Queimando pelas labaredas fúlgidas d´astro-rei

E a carne fétida verte-se macambúzia

Denotando a superfície lânguid´a qual me entreguei

Tiago Tzepesch
Enviado por Tiago Tzepesch em 18/02/2011
Reeditado em 18/02/2011
Código do texto: T2799878
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.