†_____Enxovia Astral (a ida da carne à alma e sua fúnebre queda)_____†
Tal qual um ópio mia mente vagueia
Populada por tal lisérgico pesar
Uma catatonia qu´em meu peito craveja
Anátema maestosa, molesto tentar
Perdi a conexão com mia Daat
Ponte sempiterna ao meu Eterno
Sinto-me só, enxoviado num esquife
Poderio aterrador e assaz quimérico
N´alguma casucha meu corpo se queima
Em rútilas centelhas de divagação
Azáfama pelo deleite da morte plena
Uma queda do pilar da imaginação
Tal qual um acerbo sabor azedume
Trancafiado pelas mãos tiranas dos titãs
Meu laríngeo se dissolve aos gumes
Recitando um coral tenebroso por mi´afã
Torva deidade a qual pragueja
Co´seus tentáculos e pólipos luminosos
Santidade incauta qu´esbraveja
Mas embevecida em suas vestes garbosas
O charme desta luz oculta e pomposa
Vislumbra-m´em total adoração
Mas a queda por tal semente glamurosa
Apodrece-m´em decrépita lamentação
E por vezes, sinto-me um charque sequioso
Queimando pelas labaredas fúlgidas d´astro-rei
E a carne fétida verte-se macambúzia
Denotando a superfície lânguid´a qual me entreguei