Da séria série: POEMAS ENCARDIDOS
Mutilação
Perdi o rumo lá no começo
Quando com terço e poesia
Achei que pudesse reger completude.
Perdi a noção do bom senso
Quando resolvi por liberdade e atitude
Desenvolver uma espécie de apreço,
Talvez para distrair a letargia
Para enganar a surdez do descaminho
Que causa esse vinho barato, dado por pena
Pelo embaraço do dia
Que tomba aos pedaços, sozinho...
Perdi o rumo na fragata maldita
Que aviltou meu mapa lacônico
E feito um demônio sacrificou minha vida!
Perdi a força naquela poça medonha
Em que meu rosto ensangüentou com orgia
A Alma vazia e enfadonha,
Afogada no mar do vácuo
No submundo da escrotal agonia
Onde a aberração esconde o rosto
No fosso do orgasmo mutilado...