ARDÊNCIA http://socratesdilima.no.comunidades.net/index.php?pagina=1225915264
(Sócrates Di Lima)
Ardem minhas pálpebras cansadas,
A insônia minha noite rondou,
Seguiam no relógio as horas compassadas,
O dia se abriu e nada passou.
Lembranças do corpo em ardência,
Que a noite devorou,
Sugou minha resistência,
No sonho que não passou.
A cama larga em lençóis amarrotados,
Travesseiros desencontrados,
O corpo em pigmentos suados,
Na loucura dos corpos entrelaçados.
Arde a alma em saudade,
Arde o corpo em abstinência,
Arde a louca vontade,
Em não ter acordado dessa regência.
Agora que vejo o dia alto,
O sol do meio dia,
Lembranças de uma noite de sobre salto,
Nela eu via,na ardência um corpo que a libido consumia.