Calor da porra
Começa com o incômodo
Depois sempre piora
A sede nem precisa ser tanta
Dói mais a irritação.
Que falta me faz um dia nublado
Eu acordo suado
Puto e muito irritado
Já acordo pingando
Todo grudando
Quem precisa do sol? (estou brincando)
Tiro a camisa
Visto um short
Abano-me com um papelão
Meu ventilador o Dalton queimou
Se pudesse arrancaria a pele
O dia está quente e,
Que dia não está?
Mesmo quando chove
Nem essa água vem pra refrescar
Morrer queimado seria o mesmo que ver o inferno
E os malditos pernilongos?
Voam passando em frente aos meus olhos
Perdi a conta de quantos já matei
E calor só aumentando
Escolhi minha morte: congelado no Alasca
A pele vira um adesivo
A mão escorre e escorrega
Já é madrugada e continuo suado,
Cansado, chateado, amargurado
No momento, não há nada que eu deteste mais
Sua, sua, sua sem parar
Como posso sair e me divertir se
Nem posso para de suar?
Chega , chega, chega...
Meus poros clamam por refrigeração