Calor da porra

Começa com o incômodo

Depois sempre piora

A sede nem precisa ser tanta

Dói mais a irritação.

Que falta me faz um dia nublado

Eu acordo suado

Puto e muito irritado

Já acordo pingando

Todo grudando

Quem precisa do sol? (estou brincando)

Tiro a camisa

Visto um short

Abano-me com um papelão

Meu ventilador o Dalton queimou

Se pudesse arrancaria a pele

O dia está quente e,

Que dia não está?

Mesmo quando chove

Nem essa água vem pra refrescar

Morrer queimado seria o mesmo que ver o inferno

E os malditos pernilongos?

Voam passando em frente aos meus olhos

Perdi a conta de quantos já matei

E calor só aumentando

Escolhi minha morte: congelado no Alasca

A pele vira um adesivo

A mão escorre e escorrega

Já é madrugada e continuo suado,

Cansado, chateado, amargurado

No momento, não há nada que eu deteste mais

Sua, sua, sua sem parar

Como posso sair e me divertir se

Nem posso para de suar?

Chega , chega, chega...

Meus poros clamam por refrigeração

Pedro HD Delavia
Enviado por Pedro HD Delavia em 23/01/2011
Reeditado em 23/01/2011
Código do texto: T2746496
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