Loucura na poesia

Parece loucura o poeta querer romper o convencional

em busca de desvendar mistérios, ao imbuir-se no transcendental

e criar para si um mundo de fantasia...

São pensamentos até sem sentido,

como deitar-se nas nuvens,

conversar com as estrelas,

viver em busca do desconhecido...

Invadir a natureza em busca de oásis de sonhos,

visitar as ilhas da onde mora a solidão,

conviver com o silêncio e a magia

e imaginar que tudo isso é loucura na poesia.

Pensar em desnudar o horizonte, à procura do lado de lá, à procura da origeme das suas ilusões.

E, assim, nessa teimosia, nessa mistura, em tudo faz dessa loucura, poesia...

Ousar penetrar nas matas escuras,

entre borboletas, feras e flores...

deslizar boiando nos rios,

conhecer o desvio das águas...

E, assim, no meio dessa confusão,

pensa salvar-se, ao subir a serrania,

tudo isso parece, realmente, loucura do poeta,

fazendo da vida, poesia.

Tarcísio Ribeiro Costa

Tarcísio Ribeiro Costa
Enviado por Tarcísio Ribeiro Costa em 15/01/2011
Código do texto: T2731608