Loucura na poesia
Parece loucura o poeta querer romper o convencional
em busca de desvendar mistérios, ao imbuir-se no transcendental
e criar para si um mundo de fantasia...
São pensamentos até sem sentido,
como deitar-se nas nuvens,
conversar com as estrelas,
viver em busca do desconhecido...
Invadir a natureza em busca de oásis de sonhos,
visitar as ilhas da onde mora a solidão,
conviver com o silêncio e a magia
e imaginar que tudo isso é loucura na poesia.
Pensar em desnudar o horizonte, à procura do lado de lá, à procura da origeme das suas ilusões.
E, assim, nessa teimosia, nessa mistura, em tudo faz dessa loucura, poesia...
Ousar penetrar nas matas escuras,
entre borboletas, feras e flores...
deslizar boiando nos rios,
conhecer o desvio das águas...
E, assim, no meio dessa confusão,
pensa salvar-se, ao subir a serrania,
tudo isso parece, realmente, loucura do poeta,
fazendo da vida, poesia.
Tarcísio Ribeiro Costa