Condenada Por Amar
O dia que um homem olhar para uma mulher e desnudá-la com os olhos mais ao invés de ver um corpo cheio de curvas ele tbém sentir uma alma cheia de sonhos, nesse dia ele conhecerá uma menina, uma poetisa, uma bruxa, uma fada , uma guerreira, uma idealista, uma Rainha.
Perde-se a cabeça mais não morre os ideais.
Ana Bolena e a moça de Batatais...
Nas paredes frias e hipócritas da monarquia
Ana Bolena foi tão ingênua quanto eu
A menina que não passava de uma dama de companhia
Por amor a Henrique VIII a cabeça e o coração se perdeu
Um rei se apaixonaria por uma plebéia tão bela?
É fácil dizer eu te amo quando se tem a frente uma doce donzela
Como eu ela amava as artes e a poesia
Sua nobreza estava em não ter medo de buscar a felicidade todo dia
Mais um dia o castelo de amor desmorronou ao chão
Não há nada mais frágil nesse mundo que um sentimento chamado paixão
A espera de um herdeiro do trono que nunca chegou
Sem saber que a profecia já havia sido cumprida
E que a mais bela e generosa rainha ele um dia fecundou
Um homem fraco só encontrou uma maneira de uma rainha destronar
Usando a língua ferina para caluniar
Essa moça é uma bruxa que me seduziu como uma fada vinda do céu
Prendam-na para sempre na Torre de Babel
Ou seria apenas uma menina inocente que acreditou nas palavras doces proferidas como o mel
Levada arrastada pelos cabelos o covarde mentiroso prende aos berros na torre Ana Bolena e Raquel
Não existe diferença entre as duas nem na vida nem na morte
Ao olharem pela janela descobrem que são mulheres fortes
Ambas cavalgam livres pelos campos montadas em cavalos sem cabeça
Se espera que não mais tenham sonhos esqueça
Condenadas a morte por amar
Esperam de cabeça erguida o carrasco chegar
Usam um simples e branco vestido simbolizando a pureza
A túnica vermelha como se a magia do amor fosse a maior de todas as nobrezas
Os longos cabelos negros são como cascatas nos seios a cair
E o colar de pérolas a mostrar que todas as mulheres são belas até na hora de partir
Ambas se dão as mãos
Se tornam duas mulheres unidas por um só coração
A porta pesada da torre se abre
Adentra o carrasco e olha através da máscara para aquela mulher
Nenhum lágrima e seu corpo ereto se mantém firme de pé
Eleva o queixo para o alto
Uma mulher digna morre em cima do salto
Sem clamar , sem pedir , sem implorar
Só o homem condena o própio ser humano nesse mundo imundo por amar
Seu corpo jamais da torre sairia
Mais seu espírito atravessa séculos como atravessa dias
Na torre mesmo foi sepultada
Mais a morte não é o fim da longa jornada
As bruxas do bem e as fadas são no fundo mulheres que nasceram para amar demais
Uma cabeça representa um membro decepado e nada mais
Talvez o que o rei não viu e nunca verá jamais
É que diante dele existia uma Rainha com os olhos de Ana Bolena e o coração da moça de Batatais ...